quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Shibari...

Shibari (しばり?) é um verbo japonês que significa literalmente amarrar ou ligar e é usado no Japão para descrever o uso artístico na amarração de objetos ou pacotes.
Kinbaku (緊縛?) é a palavra japonesa para "bondage" ou ainda Kinbaku-bi que significa "o bondage bonito". Kinbaku (ou Sokubaku) é um estilo japonês de amarração sexual ou BDSM que envolve desde técnicas simples até as mais complicadas de nós, geralmente com várias peças de cordas (em geral de 6mm ou 8mm) e que podem ser de materiais diferentes, sendo a tradicional corda japonesa utilizada para o Shibari, a de cânhamo. A palavra Shibari tornou-se comum no ocidente em meados dos anos 1990 para denominar a arte de amarração chamada Kinbaku.*

Este fim-de-semana resolvemos ir passar a noite de sábado aquele que achamos ser o clube que mais se identifica connosco. Tanto pela boa disposição das pessoas como principalmente porque a decoração e o bom gosto do clube é fantástico.

Era uma festa dedicada à dança "Sex in the Dance Floor"!

Assim que entramos, um dos donos informou-nos que a maioria das pessoas estavam mais numa de conversar do que de dançar, e assim que chegamos a zona do bar foi isso que encontramos, no entanto a música estava fantástica! Tal como a Maria esperava encontrar o som do "Pop N’Roll" dos anos 80/90 enchia a sala com muito estilo.

Pedimos as nossas bebidas e ali ficamos um pouco a conversar e a ver o ambiente.

Passado um pouco, vieram pedir a um grupo que continuasse a falar noutra sala, para poderem dar espaço à "pista"... e a partir dai, aos poucos e poucos os restantes começaram a aproveitar para dançar, o ambiente estava muito bom. Claro que ai não nos fizemos rogadas e fomos também dançar.

Quando a certa altura achamos giro ir dar uma volta pelo resto do espaço, isto porque ainda não percebemos bem o espaço e como funciona, quisemos ir ver o que se passava.

O outro grupo ainda estava na sala a conversar e na outra sala em frente que dá acesso a outros 2 quartos, a porta estava encostada mas ligeiramente entreaberta... Como sabemos que ali os quartos não tem fechaduras e a "regra" é quando uma porta esta encostada é porque não querem ser incomodados, apenas aproveitamos a ranhura para espreitar...

e foi quando!

Lá dentro estava uma rapariga só de meias, salto-altos e uma cueca que lhe contornava o corpo muito bem... a ser amarrada!
Quisemos logo entrar e ver ao vivo mas... a porta estava encostada e não nos atrevemos... felizmente, nesta altura chegaram outras pessoas que repararam que estava a haver algo e respeitosamente bateram à porta e perguntaram se podiam ver... quando a resposta veio positiva, entramos também e ficamos a ver.

Reparamos que a modelo, (vamos chama-la assim), estava um pouco envergonhada... afinal estar uma pessoa quase nua rodeada de outros é difícil, quando se esta a ser amarrada ainda é mais... mas lá se manteve.

O José estava a adorar ver, ele sempre adorou o tema do bondage, não como praticante em si, mas o tema sempre o atraiu pois dá umas fotos excelentes.
A Maria, que sempre disse que não gostava de ser amarrada e imobilizada, estava a observar a cena com uma "sofreguidão" que o José não conseguia imaginar.

A medida que o "show" ia continuando, reparamos que nenhum deles era especialista, mas sim curiosos e iniciantes da prática, o que ainda deu mais beleza à cena em si e a inter-ajuda que se via entre os participantes era fantástica. 

O José como gostava do tema e já tinha lido imenso sobre o assunto percebeu que lhe estavam a aplicar um "boldrié" para em seguida a suspenderem, e foi exactamente isso que aconteceu.

Bem, antes de continuar a dizer mais alguma coisa, temos de deixar aqui um agradecimento especial à "modelo" pela coragem e sensualidade que teve em fazer uma sessão assim, com pessoas a ver. O nosso OBRIGADO!

No fim da sessão, convidaram a Maria se também queria experimentar... mas a resposta foi: "Fica para a próxima"! O José não acreditou nos seus ouvidos... a Maria quer experimentar???

Claro que findo o show voltamos para a pista... e enquanto bebiamos mais uma bebida estivemos a falar do que tinhamos visto e de como poderiamos experimentar. 

Bem... sobre a noite, apenas vamos dizer que chegamos a casa super excitados e... não nos recordamos de tudo o que fizemos... ;)

No dia seguinte, assim que tivemos um momento mais calmo, a Maria propôs ao José que fosse buscar a corda e tirassem umas fotos... O José sem acreditar no que ouvia, não se fez rogado e apareceu logo com a corda na mão... Infelizmente só temos uma corda que o José tinha comprado e nunca tínhamos usado...  e também infelizmente não temos experiência nenhuma, só excesso de leitura sobre o tema... então o José acho que seria melhor começar com a técnica mais simples e que qualquer um pode encontrar na net as instruções para fazer (bem, parece que estão quase todas as técnicas na net disponíveis para aprendizagem) e claro... nunca iriam tentar fazer a suspensão... há que aprender e praticar MUITO primeiro.

Depois de algum tempo, sim esta técnica simples para pessoas pouco experientes demora tempo, alias o Shibari além de tudo também é uma técnica em que se pratica a calma e a excitação lenta e comedida, lá terminamos o nó... mas como não tinha ficado muito bem esteticamente falando, desmanchou-se e voltou-se a fazer de início! Mesmo assim, dá para ver que não está perfeito nem lá perto... Mas era a primeira vez para os 2!

No fim tiramos as fotos que aqui vêem... e claro... quando foi altura de desamarrar a Maria... algo aconteceu e tivemos outra noite louca de prazer.... em que a corda continuou a ser utilizada, mas de uma maneira mais soft... a Maria adorou o roçar da corda dos seus mamilos... e não sabemos explicar porque... mas a partir de certa altura em que estavamos mais "quentes" reparamos que os vizinhos subiram o som da televisão.... porque seria??? :$

Claro está... isto não é nada de especial para quem já pratica e gosta e até mesmo só para curiosos isto foi algo calmo e normal... mas para nós, foi o descobrir de um novo gosto, de uma nova fantasias e sobretudo de um novo "mundo" onde vamos dando os primeiros passos.